Feito o galho ressequido
de um velho tronco caído
à margem da rodovia,
só tenho vagas lembranças
de apagadas esperanças
que minha alma perseguia.
Mas na ramagem que resta
na ponta do galho, em festa,
cantam pássaros felizes
e na vibração sonora
minha alma sorri e chora
sobre antigas cicatrizes.
E as alegrias passadas
são sementes renovadas
que o pranto presente gera
e, no prado hospitaleiro,
transformam-se num canteiro
quando chega a primavera!
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