e que vive vagando pelo espaço,
não possui o pesar de uma agonia,
nem se entrega à tortura do cansaço.
Outra parte, que é pura anatomia,
que se arrasta no chão de passo em passo,
traz a sombra tristonha da apatia
de manter-se nas teias do embaraço.
E, tentando escapar do duplo ofício
de ser fria razão e sonho leve,
cada parte de mim é um precipício...
Para ter, cada parte, um tempo breve,
uma parte pratica este exercício
de apagar o que a outra parte escreve.
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