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Escritor a serviço da Espiritualidade.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

POESIA QUASE TRISTE

Perdi os rumos de mim,
Por isso vagueio assim,
Buscando o abrigo de um porto.
Ostento profundas rugas
E as cicatrizes das fugas
Deste meu “eu” triste e torto.

Trago um tormento previsto
Nas chagas de um velho cristo
Que se projeta em meu rosto.
Trago os sonhos destroçados
Pelos tufões indomados
Que o destino tem imposto.

Mas trago (bendita seja!)
A inspiração benfazeja
De uma poesia rimada.
Gerada dentro da alma,
É meiga filha que acalma
A hostilidade da estrada!

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